Marcha Solidária em apoio aos imigrantes atravessa o país de Macron

Como You Agency Press (YAP) tem procurado demonstrar através de uma cobertura independente e sem comprometimentos com grupos, governos ou agendas específicas, a crise migratória que atingiu o continente europeu, com uma onda de  desembarques marítimos e travessias terrestres iniciada em 2014 e em cujo ápice, no ano de 2015, viu um milhão de imigrantes reclamar a proteção humanitária, adubou os partidos de extrema direita pela Europa.

 

Se na Polônia e na Hungria governos ultra-conservadores já tinham seus pés nos estribilhos do poder, os últimos escrutínios, demonstraram que o medo de uma “submersão”, como trombetam os defensores do fechamento completo das fronteiras, fez germinar votos ditos “de recuo identitário” em números expressivos em países como a Alemanha, Itália ou França. Em 2016, muita tinta correu sobre folhas em branco de jornais e revistas sobre a possível influência do tema da imigração no resultado do Brexit.

E no entanto, a Reino Unido, que já não dividia a moeda, nunca dividiu as fronteiras com os outros membros da Comunidade Europeia (CE). Ou seja, o peso da crise foi suportado, quase exclusivamente, por países ditos do sul – Grécia, Itália, França e Espanha – o que preservou o reino insular da chega visivelmente mais numerosa que em anos precedentes.

Além da separação geográfica, há mais de dez anos, o país de Theresa May mantém acordos de fonteira com a França, o que faz dos oficiais de duana do hexagono em leões de chácara das costas britânicas.

Uma situção que por diversas oportunidade ao longo da história do Euro Tunnel de Calais, no extremo norte francês, levou, ou a formação de vastos campos irregulares de refugiados dos diversos conflitos armados das últimas décadas, como mostramos aqui, e aqui e aqui, ou à um ciclo de intensa repressão aos que ousam tentar ir este antigo bastião industrial para encontrar uma brecha em direção a ilha do outro la da Mancha.

A Itália, na opinião de Michael Neuman, diretor de estudos da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), atuante no acompanhamento sanitário de estrangeiros em êxodo pelo mundo, por exemplo, entre 2014 e 2016, se viu obrigada a carregar o fardo de quase todos os regates e desembarques humanitários de imigrantes embarcados, em particular, na costa da Líbia em barcos cujas condições de segurança são criminosamente periclitantes, e que, em razão da proximidade, rumavam em direção da agora infame Ilha de Lampedusa e outros portos no sul da península do Lácio.

O país do calcio, cuja governança da república é historicamente difícil de garantir por longos períodos, até aqui, apesar de protestar contra a falta de solidariedade entre países da União Européia (UE), sempre cumpriu com as obrigações legais que os acordos internacionais e o direito marítimo o incumbia. No entanto, com a erosão das bases eleitorais de partidos de governo, à direita como à esquerda, forças euro-cépticas , como o Movimento 5 Estrelas (M5E) fundado pelo humorista Beppe Grillo, e xenófobos reformados como a legua, puderam avançar seus peões graças ao uso sem complexo de “topois”, ou de lugares comuns argumentativos que descreviam o migrante como o problema a erradicar.

Marcha em favor de migrantes

A recusa inédita do novo governo populista italiano de se conformar o direito marítimo internacional colocou em evidência uma outra crise que os defensores da causa migratória denúnciam desde aue o número de estrangeiros em trânsito no continente europeu explodiu por dois anos: a crise da gestão e da acolhida destas pessoas em situação de migração.

o fato de não colocar todos os recursos necessários à disposição da acolhida de refugiados levou os diferentes governos franceses à desenvolver, ao longo dos ano, uma política de contenção e de dissuasão.

 

 

 

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