Briefing#2 Alianças, cassetetes, camburões e uma candidata em fuga
Emmanuel Macron aceitou os termos da aliança que lhe foi proposta pelo prefeito de Pau, verdes e socialistas unificam chapa, a direita ataca Macron e François Bayrou e Marine Le Pen se nega à depor à policia financeira que investiga o uso que o gabinete da deputada de extrema direita fez dos cargos de confiança que lhe foram atribuídos pelo Parlamento Europeu, o caso Théo continua à agitar as ruas
Após uma semana de gafes e estagnação nas pesquisas de intensão de voto Emmanuel Macron encontrou razões de sorrir outra vez. O candidato centrista criador do movimento “Avante!” ganhou um amigo nesta última quarta-feira 22 de Fevereiro.
Se trata de François Bayrou. Antiga figura do centrismo francês, ex-ministro de governos de direita durante à presidência de Jacques Chirac e, por três vezes, candidato frustrado à presidência (com resultados diferentes à cada candidatura).
O Atual prefeito de Pau, líder de um partido politico “ultra-centrista” que se marginalizou ao longo dos anos, ainda retém uma audiência pessoal respeitável entre o eleitorado de centro esquerda/direita que o colocou à dois passos do segundo turno em 2007. Bayrou, em 2016, escolheu apoiar a candidatura de Alain Juppé para presidente. Este, por sua vez, foi eliminado durante às primárias da direita e do centro em favor da candidatura bem mais conservadora do deputado parisiense e ex-primeiro ministro François Fillon.
A derrota de Juppé, em parte, foi atribuída ao apoio de François Bayrou. O centrista se tornou o bode expiatório de uma parte a direita que não o perdoa do apoio que estendeu, entre os dois turnos da eleição presidencial de 2012, à um outro François. Uma declaração de voto em favor do atual presidente Hollande que contribuíram para a derrota do ex-presidente Nicolas Sarkosy.
O final inaudito do projeto eleitoral de Alain Juppé abriu um longo período de suspense quanto à perspective eleitoral do ídolo do centro. François Bayrou deixara claro durante à campanha primária de 2016 que ele, sobre tudo, não apoiaria François Fillon se este fosse o escolhido. De pronto, a vitória do então probo, pio e conservador deputado de paris deixo a pergunta sobre uma nova candidatura do prefeito de Pau em aberto.
Entre outubro de 2016 e janeiro de 2017 as aguas rolaram. A estatura de “paragon” da moral e da probidade no exercício da política e contestada pelas revelações do Canard Enchaîné sobre o emprego supostamente fantasma da esposa Fillon, durante anos, pelos gabinetes dos deputados Fillon e do sucessor deste; A candidatura do ex-ministro da Economia Emmanuel Macron passou a ser vista como viável, atraindo um eleitorado típico de François Bayrou.
François Bayrou guardou todas as cartas na manga até esta quarta-feira. Ele diz ter conduzido uma reflexão intima, sem contar com a ajuda de confidentes, tendo em mente que uma parte importante dos eleitores do centro já o haviam abandonado em favor da candidatura de Emmanuel Macron e que uma aliança com o jovem candidato centrista poderia: 1) ver um candidato se reivindicando do centro ocupar o palácio Elysée pela primeira vez após mais de 35 ano de jejum, 2) reconstruir o partido que dirige através de coligação ou, melhor ainda do seu ponto de vista, pela instauração de alguma forma de eleição proporcional para Câmara do Deputados em junho deste ano; 3) Vir a ocupar um posto de primeiro ministro em uma hipotética presidência Macron; 4) por fim, pesar e estar no centro da política francesa e europeia pelos próximos cinco anos.
Por outro lado, uma quarta candidatura, enfraquecida pela presença de do ex-ministro de Hollande na disputa e pelo diminuto número de eleitos locais do partido dirigido por François Bayrou ameaçava o partido de extinção ao cabo deste ciclo eleitoral.
Altivo, o prefeito de Pau recobrir o apoio à candidatura de Macron da forma de proposta de aliança com base em três pontos programáticos à incluir na plataforma “macronista”. O que foi prontamente aceito pelo candidato do movimento Avante! Um tête-à-tête foi organizado na tarde de quinta-feira, 23 de fevereiro, e os dois político reafirmaram a mútua intenção trabalharem juntos, em prol de um projeto pragmático mas humanista para a economia e para a sociedade francesas.
Com a adesão de François Bayrou, a candidatura de Macron se arrima ao centro definitivamente. O que mais, esta união de forças coloca Macron na posição de principal defensor do projeto europeu – fustigado por movimentos populistas em muitos países da União Européia – dentre os contentores pela presidência. Isso porque, se é verdade que Marine Le Pen é a mais virulenta euro-cética – saída do Euro e da EU, restabelecimento de aduanas e da exigência de vistos de entrada no país etc… – diversos candidatos também se mostram tão (Nicolas Dupont-Aignan) ou um tanto quanto críticos da construção europeia tal qual ela tem avançado (Jean-Luc Mélenchon, Benoît Hamon e mesmo François Fillon, em diferentes graus de intensidade e foco).
Coligação Benoit Hamon (PS) e Yannick Jadot (EE le Verts)
O Jornal da Noite, como também é conhecido o diário de referência Le Monde, da conta do entusiasmo dos ecologistas em renunciar à candidatura própria e ingressar em uma coalizão eleitoral entre EELV e o Partido Socialista (PS); empurrando para mais tarde os sonhos presidenciais de Yannick Jadot além de reforçar a candidatura do escolhido dos socialistas franceses Benoit Hamon.
O que diz o Monde:
É um acordo que certos ecologistas chegam ao de ponto qualificá-lo como “perfeito”. O documento entitulado “plataforma presidencial” compreende 10 pontos. Pode-se encontrar “a saída progressiva e integral do modelo energético nuclear” em “vinte e cinco anos” com “fechamento dos primeiros reatores durante o mandato” ou ainda o abandono das formas de energia fóssil “com o objetivo para 2050 de uma França 100% renovável”.
Esta união entre os ecologistas de esquerda do partido EELV e o partido da situação permite à Benoit Hamon de se defender das criticas de intransigencia e de personalismo levantadas contra si pelos partidários do candidato da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon. A pressão em prol de uma chapa única de todas as esquerdas, agora, repousa sob os ombros de Mélenchon e não mais de Hamon.
Apesar do nanismo da candidatura Yannick Jadot, o retirada da chapa verde acrescenta um ou dois pontos à candidatura do PS que, por enquanto, continua em uma guerrilha encarniçada contra Jean-Luc Mélanchon pela liderança da esquerda, hipoteticamente, na oposição pelos próximos cinco anos.
Basicamente, em termos estratégico, o que está em jogo é uma esquerda francesa animada, majoritariamente, por idéias próximas às de Jeremy Corbyn, líder do partido trabalhista inglês e defensor de uma esquerda dura, combativa e sem complexos, ou por uma esquerda afirmada mas na medida do possível reformista, que é o posicionamento de Benoit Hamon e que não encontra, neste momento, nenhum modelo eleito, no passado ou no presente, e que encontra um arrimo intelectual na estrela francesa entre os economistas mundiais Thomas Piketty – Escritor de O Capital no Século XXI e que conta entre seus fã nomes como de Barack Obama.
Por enquanto, tanto Mélenchon quanto Hamon estagnam nas pesquisas. A atual “balcanização” da política presidencial francesa deixa pouca margem de progressão à candidaturas com programas galvanizam às bases mas polarizam o debate e dividem a sociedade. Inobstante, Hamon é visto como o “favorito” à vitória entre os candidatos da esquerda – o que o coloca em quarto lugar, sistematicamente, nas pesquisas de opinião.
Marine Le Pen “a perseguida”
Catherine Griset, la chef de cabinet de Marine Le Pen a été mise en examen, mercredi 22 février, du chef de recel d’abus de confiance dans l’affaire des emplois fictifs des assistants parlementaires du Front national (FN).
Elle avait été placée en garde à vue dans la matinée pour être entendue par les policiers de l’Office anticorruption de la police judiciaire (OCLCIFF). La garde à vue du garde du corps de la dirigeante d’extrême droite, Thierry Légier, a, elle, été levée.
La présidente du FN, invitée au journal de 20 heures de TF1, a « formellement contesté les faits », estimant que la justice « ne doit pas perturber » l’élection présidentielle. Quelques heures plus tôt, elle avait déclaré que « les Français savent exactement faire la différence entre les vraies affaires et les cabales politiques. Ils le savent pertinemment. »
Les auditions de Thierry Légier et de Catherine Griset, dont la réalité du travail dans l’instance européenne pose question, ont eu lieu dans le cadre de l’enquête confiée par le parquet de Paris à des juges d’instruction depuis décembre 2016. Cette information judiciaire avait été ouverte pour abus de confiance et recel, escroqueries en bande organisée, faux et usage de faux et travail dissimulé.
Marine Le Pen, foi revelado nesta sexta-feira, 24 de Janeiro,